O sonho quase impossível
O sonho quase
impossível
16/02/2016
Arquimedes Estrázulas
Pires
Algum amigo me mandou um vídeo – um dia destes - sobre
uma moça norte Coreana pedindo socorro às Nações Unidas, para os seus
compatriotas que não suportam mais as agruras do despotismo em sua terra Natal.
Pedindo pra que as Nações voltadas para o Bem Comum pressionem a China pra que
não repatriem os norte coreanos que têm se refugiado em seu território.
Um apelo dramático! Uma realidade medonha!
Atravessando o Deserto de Gobi, no sul da Mongólia,
enquanto fugia para a China com um grupo de patrícios, ela conta que chegou a
pensar que “só as estrelas estavam com eles” e ninguém mais; nem Deus, pensa
ela nos seus momentos de total desesperança.
Me emocionei, evidentemente, mas não pude fazer nada além
de me emocionar. Aplaudir a emoção daquela moça eu não me atreveria, porque
aplaudir lágrimas é muito pouco.
Aplaudir ações de desesperança, de pessoas que buscam
escapar do indescritível e sentem que “só as estrelas estão com elas”, é
doloroso e é medonho.
As pessoas que se beneficiam com o totalitarismo, com a
tirania, com a frieza d’alma daqueles “líderes” que só querem saber de quanto
dinheiro enche os seus bolsos, e nem um pouco se preocupam com o quanto do
necessário e do essencial falta na mesa ou sobre o corpo dos seus vassalos a
contra gosto, por certo não se imaginam no lugar de cada um deles.
Os líderes têm sobre seus ombros muito mais
responsabilidade do que jamais imaginam; e deviam imaginar, porque afinal de
contas uma missão é uma missão e nem muito raramente objetiva o próprio
missionário. Depois que a vida deixa cair a última gota é que o arrependimento
chega e então bate a vontade de voltar e recomeçar; mas Deus não nos permite
apagar as marcas feias que vamos deixando por aí. É preciso produzir outras, sempre
mais dignas, que façam a alma esquecer daquelas outras que vestiram de ilusão a
estrada por onde andou.
Aqui eu
dedico um pouco das minhas palavras pra falar sobre como penso que deveriam ser
e agir, os líderes:
Um líder de verdade
14/12/2012
Um líder de verdade é o que estimula a perfeição ativa, o que
exemplifica por atos probos, o que demonstra coragem quando demandada e
prudência quando indispensável.
Um líder de verdade não dispensa ajuda, contribuição no trabalho, ideias
e ideais; reconhece que não é toda a força que deseja - se estiver só - e que
sendo só, estará limitado à circunscrição de suas próprias ideias, que nem
sempre correspondem às ideais.
Um líder de verdade compreende, respeita e dignifica companheiros,
amigos, atitudes, circunstâncias e sonhos.
Um líder de verdade comanda com braço forte e mão firme, sem jamais
prevaricar, exorbitar ou transigir; é suave quando recomenda ações, e exigente
quando avalia resultados.
Um líder de verdade, disciplina e é disciplinado; não transgride leis,
regulamentos, princípios morais, conduta e ética; por isso consegue dos seus
liderados, quando nada, contra partida na mesma espécie.
Um líder de verdade não envergonha seus pares, seu tempo, suas lides e
sua história; porque reconhece em si mesmo um pedacinho de Deus. E Deus é
sempre Capaz, Justo, Verdadeiro, Limpo e Digno!
Que Deus se apiede do povo
Norte Coreano e de todos os povos vítimas de líderes capazes de esquecer que a
vida vai e volta e de que a colheita do que plantamos sempre será de nossa
única responsabilidade. E nos livre de coisas que tais.
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