Mães

Arquimedes Estrázulas Pires
04.05.2011

Pra falar em mães é pré-requisito falar na mulher e, antes dela, falar na vida do Espírito Criado, essa fagulha de Deus que percorre o Universo através dos milênios, em busca da verdade, do crescimento interior, da sabedoria e, por consequência, da perfeição. Esse é o caminho, o itinerário e o ponto de chegada.

O Espírito humano vem da vontade que Deus sentiu de criar seres capazes de povoar – produtiva e inteligentemente - essa magnífica Obra chamada Universo, também conhecida como Cosmo. Ora masculino, ora feminino, o Espírito Criado cumpre – em cada etapa de sua ascensão para Deus – o principal papel que motivou sua criação: o papel de evoluir. É o agente e o espectador, a um só tempo, do grande espetáculo da vida, celebrando o esplêndido cenário especialmente ofertado pelo Criador. O Espírito, como toda a Criação de Deus, está em constante estado de transformação, aprendizado e evolução.

Dizem que as mulheres mães evoluem mais rapidamente, porque pela Lei de Causa e Efeito, aquela que repete a informação que Jesus nos Dá pelo evangelho, de que “a cada um será dado segundo as suas obras” [Mt 16:27] elas são reconhecidas pelos céus como seres que se doam sem exigir troco, favores ou reconhecimento, mostrando que se adaptaram, perfeitamente, à melhor configuração que Deus concebeu para a espécie humana.

Aquela história de que “ser mãe é padecer no Paraíso”, não me parece razoável porque, afinal de contas, imagino que não estou sozinho na ideia de que é impossível padecer com prazer mas, certamente, ser mãe é representar, no mundo que nos é dado viver, o melhor pedaço da raça humana. Deus, certamente, está contente com essa parte da Criação. Não fora ela e as “muitas moradas de Sua casa” ainda estariam vazias, à espera de famílias que a ocupassem.

E que responsabilidade Deus depositou sobre os ombros das mulheres mães!

São elas as Suas procuradoras pra tornar melhores as pessoas que andam por aí, nessa busca incessante de conhecer e saber mais, caindo e levantando, errando e acertando, errando mais, sempre mais, até que o amor as transforme. Mas nem sempre tem sucesso essa empreitada, porque o espírito é rebelde em seus primeiros passos e, por mais amor que tenham, as mães nem sempre conseguem dobrá-los diante da razão, do amor, da caridade e do bem.

Os pais fornecem o DNA que dá as características físicas, mas não têm acesso sobre a índole do espírito que se utilizará dessa estrutura genética. Foi assim que Deus fez o mundo! O próprio Jesus, o Mestre Maior diz, segundo o Evangelho de João, que “o que nasce da carne é carne e o que nasce do Espírito é espírito.” [João 3:3-6]

Pra que o espírito se dobre diante da Luz de Deus, há que conter, no mais recôndito do seu “eu”, bilhetes de passagem que lhe assegurem o direito de provar que já viajou o suficiente, eternidade afora, pra compor uma bagagem mínima de conhecimento acerca do amor ao próximo e da determinação de ver em Deus um Ser acima de todas as coisas.

Exatamente aí está a importância da mulher mãe! A importância de ser incansável nessa batalha quase infinda de transformar índoles, fazendo de seus filhos, espíritos prontos para a Luz!

A todas as mulheres mães, meus votos de um grande Dia, no dia em que são celebradas!

*** *** ***

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atlântida – No Reino da Luz – Vol. 1.

No Porvir

Um pouco mais sobre “morrer”