Depressão
(Parte 1)
20.05.2011
Arquimedes Estrázulas Pires
Poucas afirmativas são mais verdadeiras do que essa do velho filósofo de alta hierarquia, que em remotos tempos esteve por aqui na condição de “melhorador” do mundo dos seres humanos do Planeta Terra.
Ana Paula de Araújo (www.minhavida.com.br/) em seu artigo intitulado “Hábitos típicos da depressão podem piorar o quadro da doença”, escrito em função da divulgação de importante pesquisa da área médica internacional, com subtítulo “Isolamento social e pensamentos negativos afundam ainda mais o depressivo”, mostra alguns resultados e conclusões desse trabalho e, após tomar conhecimento do artigo pela internet, tomo a liberdade de tecer alguns comentários sobre o que ele revela.
O texto abaixo compõe o primeiro e o segundo parágrafos do artigo de Ana Paula de Araújo, que assusta pelo impacto de suas revelações mas, como toda verdade, é indispensável que seja aberto à opinião dos mais interessados: os seres humanos.
“A depressão está longe de ser um mal menor - pelo contrário, é uma doença séria que exige acompanhamento médico. A importância do tratamento foi reforçada com a divulgação do estudo "Health in Brazil" (Saúde no Brasil), publicado no periódico científico Lancet, no último dia 9 de maio. Um dos dados mais alarmantes dessa extensa pesquisa é o de que as doenças psiquiátricas, incluindo a depressão, têm diminuído a expectativa de vida do brasileiro mais do que doenças cardiovasculares, que ocupam o segundo lugar no ranking. Aparentemente silenciosa, a depressão é responsável por 19% dos anos a menos - junto a outros distúrbios psíquicos, como psicose e abuso do álcool -, enquanto problemas cardiovasculares foram responsabilizados por 13% desse retrocesso.
De acordo como a pesquisa, 18 a 30% dos brasileiros já apresentaram sintomas de depressão. Além disso, 10,4% dos moradores adultos da região metropolitana de São Paulo sofrem com a doença. Não é fácil lidar com a depressão, ainda mais quando sabemos que, em geral, o comportamento do paciente costuma enterrá-lo ainda mais no quadro. "O 'slogan' dele é 'não vejo saída, não tem solução'", explica a psicóloga e escritora Olga Tessari, de São Paulo”.
Foi por essas razões e outras que podem ser obtidas no artigo que inspira este passeio pelas veredas do ensinamento que tenho recebido através dos estudos do Evangelho de Jesus Cristo e das relações que tenho buscado manter - sempre que possível – entre o veículo físico do espírito que me anima, e os iluminados amigos do Plano Maior, que resolvi me debruçar sobre o assunto e tentar verter sobre ele alguma Luz. Não minha, mas daqueles bons amigos que me inspiram pela graça e misericórdia de Deus.
É por isso, também, que inicio este trabalho com uma máxima de Aristóteles: “Eu sou aquilo que pratico todos os dias”!
Poderia iniciá-lo de outra forma, citando, em lugar do velho filósofo, Jesus Cristo, o Mestre Maior: “A cada um será dado segundo as suas obras”.
Qualquer uma das recomendações citadas nos reponta – inevitável e inquestionavelmente – à certeza de que somos semeadores incansáveis de sementes que não param de produzir. Acreditamos em nós mesmos, confiamos na Inteligência Cósmica e colhemos saúde, alegria, realizações importantes, benefícios aos que nos cercam, boas ideias e estímulo para aprender sempre mais, ou desacreditamos de tudo – inclusive de nós mesmos – e colhemos os espinhos da messe que sobra de um plantio descuidado, sem critérios, sem objetividade e sem Deus.
Voltando a Aristóteles, lembramos que no texto que encima este trabalho ele dá, entre outros alertas, o seguinte:
“A razão da tua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta.
Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo - mesmo tendo tudo - remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar tua felicidade cada dia mais longe”!
Com efeito, a felicidade precisa estar ao alcance das nossas mãos a qualquer hora e a qualquer tempo; talvez seja por isso que o filósofo nos dá este outro conselho:
“Não coloque os teus objetivos longe demais das tuas mãos; abrace os que estão ao teu alcance hoje!
Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te; você é o reflexo do que pensas diariamente.
Pare de pensar mal de você mesmo(a); seja seu melhor amigo(a), sempre”!
Não sou médico, nem terapeuta, nem psicólogo, mas na condição de Cristão Universalista ou, Espiritista Cristão, se alguém preferir assim, tenho buscado compreender os ensinamentos do Mestre Jesus e, posso afiançar que compreendo hoje muito mais do que um dia compreendi, sobre as entrelinhas das parábolas evangélicas que tantas interpretações ambíguas têm inspirado pelas trilhas da existência humana.
Não é por acaso que o Mensageiro do Cristo nos recomenda a mansidão de espírito, a simplicidade nos usos e costumes, a pureza de sentimentos, o amor ao próximo, a caridade, a prática do bem e outras virtudes mais; não é sem uma boa razão que nos Dá essa sugestão, mas porque Ele sabe, como Espírito Excelso, que somos os únicos responsáveis por todas as ocorrências na nossa viagem pelo tempo.
Todos vivemos sob os ditames da “Lei de Causa e Efeito”: “A cada um será dado segundo as suas obras”!
Reafirmando essa verdade, o ensinamento de Jesus está resumido nesta recomendação: “Só faça ao teu semelhante aquelas coisas que te deixam feliz quando ele as faz por você”!
Captou a mensagem?
Quem trata bem ao seu semelhante é bem tratado pela vida; tão simples quanto isso!
A depressão - esse “monstro mastigador de almas” - é só o resultado do desleixo com que as pessoas cuidam de si mesmas. Reformem-se, modifiquem-se, abram o coração para as coisas de Deus, para a caridade, para a sinceridade, para a oração, para a solidariedade, para a alegria, para os sentimentos nobres e, certamente, esse “assombroso ser” jamais lhes baterá à porta!
Quando alguém deseja o mal a terceiros ou quando alimenta sentimentos de ódio, rancor, mágoa, desesperança, vingança e ciúme, seu cérebro perispiritual fica bordado de resíduos tóxicos que descem para o cérebro físico – porque tudo o que é pesado tende a descer! – em forma de ordem, para que este se livre desses resíduos danosos que não fazem parte da natureza divina do ser.
O cérebro físico cumpre a ordem e – imediatamente - produz toxinas que descem para o corpo e acabam se alojando nas células dos órgãos mais vulneráveis que encontrarem pela frente, estabelecendo aí uma condição venenosa que, pela continuidade do sentimento que as gerou, envenenam suas estruturas causando as mais diversas enfermidades e entre elas... a depressão.
Uma pessoa que usa como combustível de vida tão somente a ambição desmedida, as insatisfações, as frustrações, o inconformismo, a insegurança, a inveja, a desesperança e os sentimentos inferiores, como se nada houvesse à sua volta capaz de fazê-la feliz e alegre, contente e determinada, empreendedora e decidida, caridosa e justa, inclusive com ela mesma, será sempre uma pessoa candidata à mais variada gama de enfermidades e um alvo em potencial da... depressão.
continua...
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