SOBRE MEDIUNIDADE DE CURA


RAMATÍS

"Resgatai o Universalismo Crístico que existe na Espiritualidade e não vos deixeis levar pelas incompreensões geradas, muitas vezes, pela ausência de conhecimento ou pelo excesso do saber, que esvaziam ou preenchem demasiadamente a casa mental, obnubilando-a.
Quando falardes em mediunidade de cura deveis alargar os horizontes:

- das benzedeiras do interior do país, aos pretos velhos "incorporados" nas tendas umbandistas;

- dos curadores com galhos de arruda em humildes choupanas da periferia de vossa cidade, às mesas espíritas dos centros tradicionais;

- dos banhos domésticos de descarrego com ervas maceradas, aos templos rosa-cruzes bem situados;

- das simpatias das vovós analfabetas, às diversas igrejas decoradas com suntuosidade;

- das pajelanças dos silvícolas, nas matas, aos consultórios dos terapeutas holísticos;

- das rezadeiras choramingonas, às lojas teosóficas.

Todos, onde quer que prepondere o amor, inevitavelmente serão instrumentos, locais e motivos de trabalho dos bons espíritos para a cura dos terrícolas.
Assim procedia o Cristo Jesus, curando entre o povo, no meio dos ignorantes e dos excluídos das religiões e das crenças estabelecidas de outrora, no qual o infinito amor por vós era o elemento principal da amálgama curativa que se formava no Plano Astral.
Espírito libertário, de escol, liberava as consciências, não se preocupando com a procedência de cada personalidade que o procurava e investia contra as intolerâncias dos homens, praticando a mais pura caridade em nome do Pai."

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