Rios e Homens


Rios e Homens
27.08.2013

                                                  Arquimedes Estrázulas Pires

Embora todos tenham o mesmo objetivo a atingir, cada rio segue o seu próprio curso. Alguns se ajuntam aqui e ali, outros seguem solitários, e outros mais, grandiosos, arrebanham volumes e forças que ao longo do caminho os fazem ainda maiores e mais admiráveis. E há os que, sem o necessário suprimento de força e água, secam antes mesmo de alcançarem parceiros que os possam fortalecer e ajudar.
Mas apesar de tantas variáveis e, invariavelmente, todos chegarão ao mar! É lá que as experiências se completam e as razões de cada uma se fazem cristalinas, objetivas e justificáveis.
Que não estranhem, portanto, se ao serpentear de seus cursos toparem com obstáculos e pedras que os façam retardar, quem sabe, frações do tempo de chegar à planície que os tornará calmos e suficientemente mansos para deslizar até o final. Só então poderão desaguar o que carrearam consigo.
É pelos remansos e correntezas, torvelinhos e cascatas, trechos calmos e meandros, que almas de rios e homens - assoreados ou livres – fazem-se ao oceano.
Sábios, então, porque terão vencido provas e conhecido mil caminhos, podem agora optar por reintegrarem-se ao todo, evaporando-se, volatizando-se, participando, reintegrando-se e compondo a própria Fonte de onde um dia começaram.
E porque a vida é assim e desliza de experiência em experiência, de lição em lição e de prova em prova, que a alma humana - como os rios - só conhece a própria força na medida do quanto for solicitada a prová-la. Chegar à perfeição é imperativo; por isso vivemos.
Como os rios, corremos para o mesmo objetivo. E pra chagar não há porque correr pelos mesmos leitos e pelas mesmas provas. Não há porque rasgar as mesmas terras, deslizar planícies mesmas, contornar os mesmos obstáculos ou fazerem-se parecidos ou até iguais. Cada água é própria, individual e única. Mas todos somos parte do Todo de que tudo é feito!
Faça a tua vida fazer sentido; dê vida a ela! Viva!
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