Tudo à Vida



Tudo à vida
19/04/2007
Arquimedes Estrázulas Pires

A Declaração Universal dos Direitos do Homem reza, em seu Artigo 3º: “Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
E complementa no Artigo 5º: “Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.”
Bastaria isso, para desfazer qualquer intenção de tornar “legal” a interrupção da vida por meio do aborto, considerado o aspecto temporal e jurídico da questão.
Mas há o aspecto moral ou, filosófico religioso, que não pode e não deve ser desconsiderado quando está em jogo a natureza divina da pessoa humana.
Não é porque a desigualdade etária do espírito - razão suficiente para que entendamos o porque de tanta diferença evolutiva na espécie - propicie esse tipo de pensamento em alguns setores da sociedade humana, que vamos achar que haja necessidade de bloquear a vida para que governos e governantes realizem seus programas executivos conforme seu próprio entendimento.
Falta de trabalho e emprego, exaustão de recursos previdenciários, escassez assistencial em saúde, dificuldade de manutenção dos padrões desejáveis na educação pública e etc., longe de serem justificativas para tal proposta, devem ser encaradas como um desafio a mais para todos quantos são levados ao poder em nome do povo que representam ou dizem representar.
O aborto é a personificação da covardia, posto que é levado a efeito contra o mais indefeso de todos os seres humanos: o que está gerado mas ainda não nasceu e, portanto, não pode emitir opinião, aludir aos seus direitos, exigir proteção, pedir clemência, implorar misericórdia, pedir socorro...
 O aborto é um covarde atentado contra a vida”, diz o professor Divaldo Pereira Franco, um dos mais significativos ícones do Espiritismo em solo brasileiro.
Deus é o Senhor da vida e duvido que Venha até aos proponentes da legalização do aborto pra dizer: “Eu aprovo essa ideia”!
Não fomos criados sem um bom propósito e se é assim não há o que possa ser discutido em sentido contrário.
Decisões exóticas que beneficiem apenas conveniências pessoais ou grupais, não fazem sentido no âmbito do interesse coletivo dos povos.
O legislador deve ter em mente o interesse comum, sempre que mudanças radicais ao ideário do povo sejam propostas por governos ou parcelas da sociedade.
Não é possível o acato a propostas que comprometam a dignidade humana ou que submetam a impedimentos da liberdade de existir, quem apenas está chegando à vida.
Àqueles que se empenham no intento de abortar vidas, a pretexto de minorar crises políticas e econômicas, sugira-se a adoção de medidas que reduzam as diferenças sociais, tornem mais digna a existência de todos e assegurem o necessário rechaço a quem com isso não concorde; especialmente àqueles que devam zelar por ela, caso a ameacem.
Enquanto nos opomos, determinada e conscientemente, ao aborto e a todas as suas formas provocadas, estamos buscando auxiliar na construção de um mundo com mais luz, mais paz, mais amor e mais fraternidade.
Ao contrário disso, ao primar pela interrupção da vida - com todos os requintes que possam permitir a ciência e a tecnologia - estaremos impedindo que o espírito humano cumpra sua missão de um dia ser perfeito.
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