IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Joanna de
Ângelis
Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em Seu nome, àqueles que se nos acercam em aflição.
Dentre os recursos valiosos, de que
podemos dispor em benefício do nosso próximo, destaca-se a "imposição das
mãos" em socorro da saúde alquebrada ou das forças em de perecimento. A
recuperação de pacientes, portadores de diversas enfermidades, estava incluída
na pauta das tarefas libertadoras de Jesus.
De acordo com a gênese do mal de que
cada necessitado se fazia portador, Ele aplicava o concurso terapêutico,
restabelecendo o equilíbrio e favorecendo com a paz.
"Impondo
as mãos" generosas, cegos e surdos, mudos e feridos renovavam-se, tornando
ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas pela -+força invisível que Ele
transmitia, as células se refaziam, restaurando o organismo em carência.
Com
o seu auxílio, os alienados mentais eram trazidos de volta à lucidez e os obsedados
recobravam a ordem psíquica em face dos espíritos atormentadores que os
maltratavam, os deixarem.
Estáticos
e catalépticos obedeciam-Lhe à voz, quando chamados de retorno.
Esse
ministério, porém, que decorre do amor, Ele nos facultou realizar, para que
demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os homens sofredores do mundo.
Certamente,
que não nos encontramos em condições de conseguir os feitos e êxitos que Ele
produziu. Sem embargo, interessados na paz e renovação do próximo, é-nos lícito
oferecer as possibilidades de que dispomos, na certeza de que os nossos
tentames não serão em vão.
Jesus
conhecia o passado daqueles que O buscavam, favorecendo-os de acordo com o
merecimento de cada um.
Outrossim,
doando misericórdia de acréscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam
conquistar valores para o futuro, repartindo os bens da alegria, estrada afora,
em festa de corações renovados.
Colocando-se,
o cristão novo, à disposição do bem, pode e deve "impor as mãos" nos
companheiros desfalecidos da luta, nos que tombaram, nos que se encontram aturdidos
por obsessões tenazes ou desalinhados mentalmente...
Ampliando
o campo de terapia espiritual, podemos aplicar sobre a água os fluídos
curadores que revitalizarão os campos vibratórios desajustados, naqueles que a
sorveram confiantes e resolutos à ação salutar da própria transformação
interior.
Tal
concurso, propiciado pela caridade fraternal, não só beneficia os padecentes em
provas e expiações redentoras, como ajuda aqueles que se aprestam ao labor, em
razão destes filtrarem as energias benéficas que promanam da Espiritualidade
através dos mentores desencarnados e que são canalizadas na direção daqueles necessitados.
É
compreensível que não se devam aguardar resultados imediatos, nem efeitos
retumbantes, considerando-se a distância de evolução que medeia entre o Senhor
e nós, máxime na luta de ascensão e reparação dos erros conforme nos
encontramos.
Ninguém
se prenda, neste ministério, às fórmulas sacramentais ou a formas
estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar no objetivo do bem e não
na maneira de expressá-lo.
Toda
técnica é valiosa, quando a essência superior é preservada.
Assim,
distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida, procurando amparar o
irmão agoniado que te pede socorro.
Não
procures motivos para escusar-te.
Abre-te
ao amor e o amor te atenderá, embora reconheças as próprias limitações e
dificuldades, em cujo campo te movimentas.
Dentre
muitos que buscavam Jesus, para o toque curador, destacamos a força e confiança
expressa no apelo a que se refere Marcos, no capítulo cinco, versículo vinte e
três do Evangelho: "E rogava-Lhe
muito, dizendo: - Minha filha está moribunda; rogo-Te que venhas e Lhe imponhas
as mãos para que sare e viva."
Faze,
portando, a "imposição das
mãos", com o amor e a "Fé
que move montanhas", em benefício do teu próximo, conforme gostarás
que ele faça contigo, quando for tua a vez da necessidade.
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco no dia 2 de abril de 1983, em Bucaramanga, Colômbia.
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