Tempos de tudo ou nada

27.06.2011
Arquimedes Estrázulas Pires
            Vivemos tempos de definições inadiáveis; tempos de repensar sentimentos, tomar atitudes, fazer escolhas, retomar caminhos rejeitados ou seguir rumos novos. Tempos de tudo ou nada, de Luz ou treva, de opções pensadas, de colheitas inevitáveis e de caminhos sem volta.
Já não será mais possível, em tempos vindouros, o viver ambíguo de quem não tem compromissos nem consigo mesmo e menos ainda com Deus. Porque viver não é uma balada, conforme o sentido da gíria brasileira, vazia e sem compromisso, mas uma continuada cadência de aprender e crescer, evoluir e saber. Uma cadência suave, mas, imperativa como tudo o que não pode ser modificado só porque se quer assim.
Toda causa produz um efeito e os efeitos só podem ser observados, pensados e sentidos; jamais modificados! Quem observa o vapor que sobe de uma fonte termal pode até imaginá-lo gelado; não obstante isso, a imaginação não será capaz de modificar sua natureza.
O mesmo se dá com o que pensamos, sentimos e fazemos. Da mesma forma como o Universo se transforma constante e permanentemente pela vontade de uma Inteligência Cósmica e Soberana, o mundo à nossa volta também se transforma por nossa vontade. Seria mesmo uma grande ingenuidade imaginar que não somos responsáveis pelos abalos que de vez em quando sacodem o nosso existir.
Diz o velho adágio, que “quem semeia ventos colhe tempestade”; isso está rigorosamente de acordo com a Lei de Causa e Efeito: é impossível a alguém irradiar qualquer tipo de energia, seja em forma de pensamento, sentimento ou ação, sem que seja também alcançado pela força gerada. Ao projetar sua carga explosiva o canhão recua pela ação da mesma impulsão.
Vem daí a necessidade imperiosa e imediata de uma revisão geral em nossa maneira de ser e de agir. Ou eliminamos todas as causas de atitudes deletérias em nossa existência, ou teremos que assumir compulsoriamente seus efeitos.
Qualquer pensamento ou sentimento que conflite com as virtudes básicas recomendadas ao espírito humano, há que ser extinto pelo bem do próprio espírito humano. Se não for tomada essa providência agora mesmo é bem possível que haja arrependimento tardio. Arrepender-se significa mudar de atitude em relação a alguma coisa decidida ou praticada anteriormente. Mas nem sempre há tempo hábil para uma decisão nova.
Estamos em plena transição planetária e a “separação das ovelhas e dos lobos” já se processa em velocidade considerável; não há tempo para hesitações. Ou se está do lado do bem, ou se está do lado do mal; ou prefere-se a Luz, ou entrega-se à treva. É absolutamente impossível o meio termo ou o depois decido sobre isso. Ou é agora ou... só Deus sabe quantos milênios serão necessários até que haja uma nova oportunidade de escolha. É a hora do tudo ou nada e não dá mais pra retardar a decisão de agir.
Se a maldade - independentemente de que cara ela tenha – vai a galope através do tempo e dentre a humanidade terrena, é sinal de que as trevas têm sido mais competentes e mais determinadas na sua maneira de ganhar comportamentos, consciências, almas e corações. O que é uma pena, considerando que a Luz está aí - disponível a todos - e não cobra e nem exige nada de ninguém. Que falta de sensibilidade pra perceber isso!
É bem verdade que no livro da Revelação – ou Apocalipse – o Evangelista informa que, “nos tempos chegados”, dois terços da humanidade presente no Planeta Terra, serão removidos para mundos onde lhes seja permitido recomeçar o que não quiseram aprender enquanto estiveram por aqui. São os “lobos”, conforme os cataloga o Evangelho do Cristo, mas isto não serve de consolo porque ninguém pode saber se sua trajetória o credencia a considerar-se uma “ovelha” e, por consequência, a imaginar-se escalado para permanecer entre “os que herdarão a Terra”.
De todo modo é pelo menos inteligente empenhar-se na prática do bem, do amor ao próximo e da caridade, para – quando nada – sentir a adrenalina subir com a esperança de sair da imensa lista dos “muitos que serão chamados” e ficar na porção especial dos “poucos que serão escolhidos”. Viver, portanto, é preparar-se para esse momento de júbilo, por mais que a estrada tenha sido penosa em muitos trechos e extenuante em outros tantos. É o exercício que nos torna fortes e não a indolência ou a inatividade. Esse é o significado da “porta estreita”, o simbolismo que Jesus Cristo desejou passar a todos, quando aconselhou que a preferíssemos àquela “mais larga”, a da “balada”, a que se abre para permitir o usufruto dos prazeres da matéria, mas que, ao ser transposta aciona o interruptor que extingue a Luz e agiganta as trevas. Pobre espírito que se deixa seduzir!
Tempos de tudo ou nada!
Compreendo que há muitas pessoas que, não contentes com o pouco que pensam ter, apostam todas suas fichas, irresponsavelmente, no tudo que gostariam de ter; dessa maneira desengonçada e triste perdem até o pouco que tinham e acabam sem nada. Cada um tem toda a liberdade que o livre-arbítrio lhe concede de pensar e agir desta ou daquela maneira, mas, é exatamente por essa razão que a razão orienta à busca de conhecimento e à aquisição de experiências que torne cada um melhor, diante de si mesmo.
Uma pessoa que age corretamente, segundo sua própria consciência, vê a vida com cores mais alegres, tem seu organismo físico mais saudável, é mais simpática, mais calorosa, mais justa, mais caridosa e mais amável. Todos gostamos de pessoas assim; é por isso que os pilantras, aqueles que dissimulam, iludem, fingem e mentem, não inspiram confiança plena senão em seus iguais.
Não somos seres solitários; vivemos em sociedade. Só isso já é motivo bastante pra nos fazer educados quando nos relacionamos com quem na vida divide espaços conosco. Só não vê a necessidade desse comportamento cordial quem vive em ambiente onde as pessoas agem desrespeitosamente, com desamor, brutalidade, prepotência e arrogância, ostentando um poder que em verdade não possuem, mas que buscam obter pela força, em lugar de conquistá-lo pela razão. Um mundo inconsistente, que pode ruir a qualquer momento.
Também por isso e porque temos responsabilidades em relação à programação de vida com que concordamos quando da decisão de voltar ao plano físico, não podemos fechar os olhos, os ouvidos e o coração, fazendo de conta que ainda não percebemos a chegada de mais um fim de ciclo onde as ervas daninhas terão que ser separadas da boa planta pra que o Planeta Terra cumpra sua nova missão de regenerar e não mais de reparar e provar.
Note-se que “regenerar” significa, exatamente, “gerar de novo”, ou seja, gerar na nova Terra, uma humanidade composta por espíritos de índole também renovada, voltados para o bem comum, a harmonia psíquica, a benevolência, a justiça plena, a elevação moral e o respeito incondicional à Espiritualidade Maior, esse conjunto de Espíritos Iluminados que tanto têm se dedicado à indicação dos melhores caminhos por onde poderíamos já estar seguindo desde há muito.
Em tempos assim, a semente que se planta há que ser especialmente selecionada, de modo a não produzir resultados indesejados. Já não ignoramos as Leis Maiores que nos falam de Deus e de Sua programação para o Universo e já não ignoramos as responsabilidades que assumimos ao conhecer o Evangelho do Cristo e ao reconhecer nossa condição de seres em roteiro de evolução. A quem muito foi dado, muito será pedido, dizem as Escrituras; ao conhecedor jamais será tolerada a alegação de ignorância sobre seu campo de atividades.
Os companheiros de viagem, aqueles a quem nos unimos durante a caminhada e não antes, precisarão ser revistos e repensados; nem sempre somos suficientemente cuidadosos na escolha de quem nos faz companhia e isso pode ser um ponto de entrave à tomada dos melhores caminhos.
As atitudes que tomamos, em que pese a necessidade de as tomarmos, também precisam de cuidadosa seleção.
Mais ainda, os pensamentos, os sentimentos, as vontades, os sonhos e as intenções que vibramos, tal como os microorganismos que fazem parte do mundo em que vivemos, precisam ser manipulados com extremo cuidado pra que não haja riscos de sermos vitimados pelos nocivos e venenosos. Com a mesma força da alegria que sentimos quando alguém nos manifesta bem-querer, somos abalroados pela energia negativa que produzimos quando causamos qualquer infortúnio a terceiros ou, em muitos casos, a nós mesmos.
Enfim, os tempos são chegados e não sou em que o diz, mas a Alta Hierarquia Espiritual, através de inúmeras mensagens psicografadas, em rigorosa concordância com as profecias e as “revelações” do Livro do Apocalipse e de outras fontes.
Observe-se, com o sentido de uma primeira reflexão e por exemplo, as circunstâncias sociais, as reações geológicas do planeta, as doenças ainda incuráveis, as erupções vulcânicas, o degelo das calotas polares, as mudanças climáticas, a “velocidade” do tempo que escorrega rápido por nossos incrédulos parâmetros de referência, o galope da ação das mentalidades trevosas que agem através da literatura, do cinema, das artes gráficas, do vídeo game, de setores da política, dos maus juízes, dos falsos profetas, dos líderes materialistas de todas as ordens, religiões, seitas e confrarias, que aniquilam vidas, juventude, potencialidades morais, sonhos e até... reencarnações de gerações quase inteiras e, certamente, não será difícil compreender que estamos no limiar de um novo e necessário tempo de faxina geral.
Governantes, legisladores, líderes religiosos, médicos, advogados, cientistas, inventores, artistas, comunicadores, químicos e todos os demais agentes de atividades humanas ligadas à evolução da sociedade, da moral, do conhecimento, da saúde e da vida, seguramente, serão responsabilizados alhures pelas ações que praticarem, posições que adotarem, atitudes que tomarem, determinações que fizerem e produções que propiciarem. Serão reconhecidos e tratados como “da Luz” ou “das trevas”, segundo os resultados que surjam de cada uma das causas a que derem ensejo.
Como já registramos, ou se está do lado do bem, ou se está do lado do mal; ou prefere-se a Luz, ou entrega-se à treva. É absolutamente impossível o meio termo ou o depois decido sobre isso.
Pare agora mesmo e reflita sobre o caminho; se houver necessidade, não titubeie; recomece. Tudo de novo, se perceber que o rumo não é esse e não perca tempo em divagações. Empenhe-se na busca do caminho da Luz e siga por ele. Retome-o, se um dia já caminhou por ele e por razões que não vem agora ao caso, tomou um atalho e não chegou a tempo a onde deveria.
Sempre há uma nova oportunidade de recomeço!
Por mais distraídos que sejamos durante a caminhada e mesmo que não seja possível chegar junto com outros que caminharam conosco, Deus jamais nega oportunidades de emenda, reparo e recomeço. Se não for na Terra, será em outro lugar; mas sempre haverá uma. Dê o primeiro passo.
Que haja Luz em tua estrada e que Deus continue sendo teu Farol, sinalizando rumo seguro adiante.
Paz e Luz.
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